sábado, 6 de março de 2010

Bullying, há sistemas educativos que podem prevenir ou ajudar a resolver!!!

No Journal of Abnormal Child Psychology, foi hoje publicado um estudo que pode ajudar a combater este problema.
 A tese inicial é a de que as crianças que aprendem a controlar a sua raiva e outras emoções têm melhor comportamento na sala de aula, ocasionam menos medidas disciplinares ou suspensões. O estudo da Universidade do Centro Médico de Rochester, nos Estados Unidos, vem comprovar que as crianças com programas de orientação de controlo de emoções têm metade das probabilidades de ter qualquer incidente disciplinar. Durante os três meses de análises, as crianças em estudo tiveram também uma diminuição em 43 por cento de suspensões em comparação com o grupo que não recebeu a orientação de capacidades de auto-controle. Quatro meses após o início da intervenção, 1,8 por cento das crianças do grupo mentor foram suspensas em comparação com os 6,1 por cento do grupo de controlo.
As nossas crianças e alunos portugueses merecem que, pelos menos, se apliquem estes ou outros sistemas educativos a fim de que se faça alguma coisa aos agressores a fim de que diminua o sofrimento das vítimas!
Os professores não se podem demitir da responsabilidade de educar, aplicar sistemas divulgados pela investigação educacional, denunciar superiormente se os processos não resultam. Não podem é ignorar!




2 comentários:

manuel afonso disse...

Antes de ser problema da escola, é um problema social, já que esta prática, naquilo que ultrapasse as brincadeiras, ainda que agressivas, das crianças, ir-se-á reflectir fora da escola.
As crianças empurram-se e até lutam, como um jogo ou quando se zangam. Por vezes faz parte do crscimento.
Agora, a formação de gupos ou bandos, que actuam concertadamente, dentro e fora das escolas, terá de ser um problema de polícia, pois à prática do crime de agressão depressa lhe seguirão outros, próprios da marginalidade. Falhou a família que não educou, falhou a sociedade e o Estado que não soube antecipar as consequências da permisividade que foi permitindo que se intalasse.
Com desnorte, fica o pobre do sistema educativo que quer exigir à escola o que competia à família.

Martinha disse...

Tens toda a razão. Prevenir é a solução! Mas não há duvida que ao primeiro sinal devem, logo de imediato, ser despoletadas medidas, sistemas ou programas de acções educativas que todos sabemos, foram resultado de investigações como Mestrados e Doutoramentos. Elas resultam, asseguro-te por experiência própria.
Agora. é preciso que os actores educativos estejam predispostos, sensibilizados e atentos. É preciso que existam Directores com perfil educativo e não só administrativo!
Queres um exemplo: o meu executivo tinha uma vice-presidente que SÓ tratava dos casos de disciplina e bullying da eb23. Eram sempre tratados na hora, de forma urgente e prioritária. Digo-te que, tendo a escola ambiente discente de escola de intervenção prioritária, nunca precisámos de concorrer ao estatuto.
Sim, a família e a sociedade têm que fazer o seu papel e sabemos as falhas que existem, mas dentro da escola o ambiente tem que ser vigiado, controlado e educativo para todos.
Sinceramente, se eu fosse Directora naquele agrupamento já teria pedido a demissão do cargo. Estes lugares não são eternos e a responsabilidade tem que ser assumida por quem está à frente da organização.